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CUIDADO COM FALSAS ESTATÍSTICAS SOBRE ABORTO


Muitas informações são canalizadas até nós pelos meios de comunicação de massa: televisão, rádio, jornais, etc. Se durante o transcorrer do dia observarmos um importante fato ocorrido na sociedade, haveremos de facilmente encontrar divergências nas informações divulgadas pelos diferentes órgãos da imprensa. Como elemento de formação de opinião, esses veículos em alguns casos poderão estar sendo utilizados inadequadamente e com fins escusos, devendo o orador ao narrar um fato do cotidiano estar atento quanto à veracidade das informações.
Corroborando com as alegações acima, analisemos alguns fatos relacionados à questão do aborto:
No ano de 1988 uma das maiores revistas semanais do Brasil noticiou que aqui eram praticados cerca de 4 a 5 milhões de abortos anualmente, ocorrendo a morte de 400 mil mulheres em decorrência das seqüelas deixadas. Afirmou-se, ainda, que 10% de todos os abortamentos ocorridos no mundo eram praticados em nosso país. Vale relembrar que Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, aniquilou cerca de 6 milhões de vidas humanas provocando total comoção humanitária, demonstrando claramente os limites que o homem infelizmente ultrapassou.
Sobre esse fato a Associação Pró Vida de Brasília publicou no seu Boletim Informativo a seguinte notícia:
“AGÊNCIA REUTER DIFUNDE ESTATÍSTICAS EXAGERADAS SOBRE ABORTOS NO BRASIL – A Reuter divulgou que ‘mais de 400.000 mulheres morrem a cada ano no Brasil em virtude de abortos clandestinos’ e que ‘mais de 4 milhões de abortos ocorrem a cada ano muitos deles em condições precárias’. [...]. Informamos ainda que a UNICEF divulgou em 30 de setembro de 1990 que, em todo o mundo, ‘Meio milhão de mães morrem todo ano de causas relacionadas ao parto’ e que, desse total, 20% a 30% das mortes são causadas por aborto ilegal. Assim temos entre 100.000 a 150.000 mortes de mulheres por aborto ilegal EM TODO O MUNDO!” (Associação Pró-Vida de Brasília, Boletim Informativo, ano III, n. 17, jan/fev de 1992).
Os Estados Unidos da América possuem atualmente cerca de 285 milhões de habitantes e desde 1973 o aborto é prática legalizada, sendo até financiada pelos organismos públicos. Considerando, portanto, que as estatísticas americanas supostamente podem ser confiáveis o número de abortamentos dolosamente anunciados no Brasil são infinitamente maiores do ocorrido naquele país.
No censo de 2000 apurou-se uma população de quase 170 milhões de habitantes em nosso país, ou seja mais de 115 milhões a menos do que nos Estados Unidos da América. Por questão de lógica conclui-se que é impossível alcançar um volume tão exacerbado de abortamentos ilegais ao ano no Brasil. Ademais, pelo fato do aborto aqui ser prática tipificada como crime, fica inviabilizado qualquer levantamento estatístico confiável. Infelizmente, as informações são abusivamente e impunemente adulteradas chegando a números tão discrepantes como estes apresentados na referida revista.
Vale salientar que em todos os países em que o aborto tornou-se legal, e em particular em relação aos Estados Unidos, a primeira providência dos abortistas foram inventar números e estatísticas capazes de convencer, ou melhor, iludir o povo sobre a falsa idéia de que a maioria dos cidadãos seriam favoráveis as suas idéias de discriminalização da prática abortiva. Infelizmente, também em nosso país, esta mesma estratégia tem sido amplamente utilizada e tem arrastado milhões de pessoas de boa-fé que imprevidentes acabam pensando “como se fosse” o pensamento da maioria. Triste engano!

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