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Capítulo XXI - Haverá Falsos Cristos e Falsos Profetas

Missão dos Profetas

 É comum atribuir-se aos profetas o dom de revelar o futuro, de
maneira que as palavras profecia e predição passam a ter o mesmo
significado. No sentido evangélico, a palavra profeta tem um sentido
mais amplo: diz-se de todo enviado de Deus com missão de instruir
os homens e lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida
espiritual. Um homem pode, então, ser profeta sem fazer profecias;
esta era a idéia dos judeus no tempo de Jesus. Eis por que, quando
foi levado perante o sumo sacerdote Caifás, os escribas e os anciãos,
que estavam reunidos, Lhe cuspiram no rosto, Lhe deram socos e
bofetadas, dizendo: “Cristo, profetiza, e dize quem foi que Te bateu”.
Entretanto, é certo que houve profetas que tinham previsão do futuro,
seja por intuição, seja por revelação providencial, a fim de transmitir
advertências aos homens. Como as suas previsões aconteceram, o
dom de adivinhar o futuro foi visto como um dos atributos da qualidade de profeta.


Prodígios dos Falsos Profetas


Surgirão falsos cristos e falsos profetas que farão grandes prodí-
gios e coisas surpreendentes para enganar os escolhidos. Estas
palavras alertam para o verdadeiro sentido da palavra prodígio. No
sentido teológico, os prodígios e os milagres são fenômenos excepcionais,
 fora das leis da Natureza.
 Estas leis, sendo obra unicamente
de Deus, são passíveis de serem modificadas, sem dúvida, se Ele
quiser. O simples bom-senso nos diz que Ele não pode ter dado a
seres perversos e inferiores um poder igual ao seu e, ainda menos, o
direito de desfazer o que Ele fez. Jesus não pode ter consagrado tal
princípio. Se, pois, segundo o sentido que se atribui àquelas palavras,
o Espírito do mal tem o poder de fazer tais prodígios, que até mesmo os
eleitos seriam enganados, disso resultaria que, podendo fazer o que
Deus faz, os prodígios e os milagres não são privilégio exclusivo dos
enviados de Deus e, por isso, nada provam, uma vez que nada distingue os milagres dos santos dos milagres dos demônios. É preciso, pois,
procurar um sentido mais racional para essas palavras de Jesus.
Aos olhos do povo, todo fenômeno cuja causa é desconhecida
passa por algo sobrenatural, maravilhoso e miraculoso. Conhecida
a causa, reconhece-se que o fenômeno, por mais extraordinário que
possa parecer, nada mais é do que a aplicação de uma lei da Natureza. Assim, o círculo dos fatos sobrenaturais se restringe à medida
que se alarga o conhecimento das leis científicas. Em todos os tempos, os homens têm explorado, em benefício de sua ambição, de seu interesse e de seu desejo de dominação, 
certos conhecimentos que possuíam, a fim de usufruírem de um prestígio e de um poder
supostamente sobre-humano, ou que uma pretensa missão divina lhes

daria. Estes são os falsos Cristos e os falsos profetas. A propagação
dos conhecimentos acaba por desacreditá-los, e eis por que seu nú-
mero diminui, à medida que os homens se esclarecem. O fato de
operarem o que, aos olhos de algumas pessoas, passa por prodígios
não é, portanto, sinal de uma missão divina, uma vez que pode resultar de conhecimentos que qualquer um pode adquirir, ou capacidades
orgânicas especiais, que tanto o mais digno quanto o mais indigno
podem possuir. O verdadeiro profeta se reconhece por características mais sérias e, 
exclusivamente, de ordem moral.



Não Acrediteis em Todos o Espíritos


Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos não acrediteis em todos os Espíritos, mas
provai se os Espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo. (João, 1ª. Epístola, 4:1)
 Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos
e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, ao
contrário, dar-lhes o golpe mortal. Não peçais ao Espiritismo milagres
nem prodígios, pois ele declara formalmente que não os produz. Assim
como a Física, a Química, a Astronomia e a Geologia vieram revelar
as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas,
aquelas que regem as relações entre o mundo corporal e o mundo
espiritual, e que, tanto quanto as leis científicas, são leis da Natureza.
Ao explicar uma certa ordem de fenômenos até então incompreendidos, 
o Espiritismo destrói o que ainda permanecia sob o domínio do
maravilhoso. Aqueles que estivessem tentados a explorar esses
fenômenos em seu proveito, fazendo-se passar por messias de Deus,
não poderiam abusar por muito tempo da credulidade, e logo seriam
desmascarados. Aliás, como já ficou dito, só esses fenômenos por si
mesmos nada provam: a missão se prova por efeitos morais que nem
todos podem produzir. Eis um dos resultados do desenvolvimento da
Ciência Espírita; pesquisando a causa de certos fenômenos, ela levanta
o véu de muitos mistérios. Aqueles que preferem a obscuridade à luz
são os únicos interessados em combatê-la; mas a verdade é como o
sol: dissipa os nevoeiros mais densos.
O Espiritismo vem revelar uma outra categoria bem mais perigosa
de falsos cristos e de falsos profetas, que se encontram não entre os
homens, mas entre os desencarnados: é a dos Espíritos embusteiros,
hipócritas, orgulhosos e falsos sábios, que, da Terra, passaram para
a erraticidade,
 e se disfarçam com nomes veneráveis para procurar,
disfarçados pela máscara com que se cobrem, tornar suas idéias
aceitáveis, freqüentemente as mais extravagantes e absurdas. Antes
que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles atuavam com
menos ostentação, menos pompa, pela inspiração, pela mediunidade
inconsciente, auditiva ou de incorporação. O número daqueles que,
em diversas épocas, mas principalmente nesses últimos tempos, se
apresentaram como uns dos antigos profetas, como o Cristo, como
Maria, mãe do Cristo, e até mesmo como Deus, é considerável. O
apóstolo João nos previne contra eles quando diz: Meus bem-amados,
não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de
Deus; pois muitos falsos profetas têm surgido no mundo. O Espiritismo
dá os meios de pô-los à prova ao indicar as características pelas quais
se reconhecem os bons Espíritos, características  sempre morais e
nunca materiais.
É para distinguir entre os bons e os maus Espíritos
que podem, sobretudo, se aplicar estas palavras de Jesus: Reconhecese a qualidade da árvore pelo seu fruto; uma boa árvore não pode produzir
maus frutos, e uma árvore má não pode produzir bons frutos. Julgam-se
os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a uma árvore pela
qualidade de seus frutos.

Estes são os itens do Evangelho Segundo o Espiritismo desta Quarta-feira, 26 de Janeiro, no Centro Espírita Chico Xavier às 19h30min. 
VENHA E PARTICIPE CONOSCO! 

Um comentário:

  1. Ola, gostaria de informacoes sobre o espiritismo, sempre achei que coisas estranhas aconteciam comigo porem tinha medo, mas preciso entender algo que aconteceu. Meu email: cianemania@hotmail.com, preciso conversar com alguem que me conforte de uma perda. Que sabe um contato medium pos morte.

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